A
descoberta de novas terras e riquezas pelos portugueses e espanhóis, pioneiros
na expansão marítima e colonial européia, logo despertou o interesse e a cobiça
de outras nações, especialmente dos franceses, holandeses e ingleses. É preciso
ressaltar que, na Idade Moderna, quase não se diferenciava comércio de
pirataria e era comum a existência dos corsários, ou seja, piratas e
aventureiros que tinham apoio dos governos dos seus países e abrigo nos seus
portos, em troca de serviços prestados ou da participação no resultado do seu
saque. Além do mais, as disputas e as guerras entre as potências europeias se
refletiam nas regiões coloniais com ataques, destruição e pilhagem das
possessões ultramarinas dos países em conflito.
Embora a
partilha das terras descobertas, entre portugueses e espanhóis, tivesse sido
sancionada pelo papa Alexandre VI na bula Intercoetera
(1493), isso não demovia os outros países de participar da exploração dessas
regiões. Os efeitos da Reforma e a luta entre católicos e protestantes
acrescentaram violência às disputas e dificultaram, ainda mais, a solução
diplomática desses conflitos. Para entender os ataques e as invasões que o
Brasil sofreu durante o período colonial, é preciso considerar, também, as
conseqüências da União Ibérica (1580-1640), isto é, o período de seis décadas em que Portugal esteve
unido à Espanha, sob o governo dos Habsburgo. Nessa época, o Brasil sofreu
diversos ataques dos inimigos da Espanha no seu litoral e os holandeses
promoveram a ocupação da região açucareira.
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