História da Filosofia: As Teorias do Conhecimento na Filosofia da Idade Moderna


As profundas mudanças ocorridas nessa época abalaram profundamente as concepções medievais sobre o homem e sobre o mundo. No plano filosófico, particularmente em função das transformações ocorridas a partir do desenvolvimento da ciência moderna, os pensadores passaram a questionar os critérios e os métodos para a elaboração de um conhecimento verdadeiro da realidade. As investigações acerca das estruturas do pensamento levaram a definição de duas grandes epistemologias, ou seja, duas grandes teorias do conhecimento: o racionalismo e o empirismo.


O RACIONALISMO

O Racionalismo é uma teoria do conhecimento que se baseia na tese de que, além do conhecimento adquirido pela experiência sensível há, principalmente, o conhecimento pela razão. Essa epistemologia tem como ponto de partida o sujeito pensante e não o mundo exterior e enfatiza a existência de idéias fundadoras do conhecimento. Isso significa que o racionalismo tem como princípio fundamental a existência de idéias inatas, ou seja, o sujeito pensante possuiria certo tipo de idéias que já nasceriam com ele e, por isso mesmo, não dependeriam da percepção de um objeto exterior para existirem. O racionalismo, como princípio epistemológico, está presente no pensamento de filósofos da Antiguidade, como Platão ou Santo Agostinho e é, também, pressuposto do pensamento escolástico medieval, representado em São Tomás de Aquino. O pensador que formulou as bases do racionalismo moderno foi René Descartes. Outros representantes do racionalismo na modernidade foram: Espinoza (1632-77), Malebranche (1638-1715), Leibniz (1646-1716) e Emmanuel Kant (1724-1804).


O EMPIRISMO

O Empirismo é uma teoria do conhecimento baseada no princípio de que, em última instância, a origem de todo conhecimento está na experiência sensível. De acordo com essa corrente epistemológica, não existem idéias inatas e a percepção sensorial é sempre o ponto de partida do processo do conhecimento. Em função disto, os empiristas tendem a valorizar a experiência concreta, a investigação natural e a liberdade de pensamento. Foi na Inglaterra, em especial, que viveram os mais importantes filósofos ligados ao empirismo. Francis Bacon (1561-1626) é considerado um dos precursores do empirismo moderno juntamente com Thomas Hobbes (1588-1679). Apesar de seguirem linhas diferentes de pensamento, outros empiristas importantes foram John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753) e ainda Davis Hume (1711-1776).

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