O povo japonês desenvolveu uma cultura que
foi tributária de outras civilizações orientais, especialmente da China. Quase
todo o território do país, um arquipélago vulcânico, é coberto por montanhas e
florestas e o país está sujeito a terremotos e furacões. Esse quadro natural
hostil e a pouca disponibilidade de terra para a agricultura contribuíram para
moldar o caráter do povo japonês, guerreiro e determinado. A China influenciou
bastante os primitivos agricultores e pescadores que viviam no arquipélago. O
próprio nome Japão tem origem chinesa e quer dizer Sol Nascente. O cultivo do arroz, o uso da escrita e muitas outras
técnicas foram assimilados dos chineses. Por volta de 600 a.C. também foi
transmitida a arte de fundir o ferro e até mesmo a religião budista, que
predominaria entre os nipônicos, chegou ao Japão através do “Império do Meio”.
Às comunidades aldeãs, organizadas em clãs
que cultuavam um ancestral comum, foi se sobrepondo, gradativamente, um governo
imperial baseado na autoridade militar e religiosa. Os clãs viviam em
permanente estado de guerra, disputando o poder político em nível local. A
partir da formação do império, essa disputa se ampliou em escala nacional e
levou à formação de alianças e rivalidades entre os chefes guerreiros das
famílias mais poderosas, os daimio.
Efetivamente, o poder era exercido pelo xogum,
chefe militar supremo que deveria ser nomeado pelo imperador. Este, na prática,
personificava simbolicamente a autoridade e intermediava a relação com os
ancestrais e os deuses protetores da nação. A belicosidade constante que
marcava a sociedade valorizou extremamente a casta dos guerreiros, os samurais, que seguiam um rígido código
de honra baseado em valores supremos de disciplina, coragem e lealdade aos seus
superiores. Também eram valorizados, na sociedade japonesa, os letrados, que
ocupavam cargos ou funções administrativas de importância menor.
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