A região amazônica estava situada além dos
limites da linha de Tordesilhas, ou seja, nos domínios que cabiam à Espanha. A
região foi explorada, em 1542, por Francisco de Orellana, mas a Espanha não
teve interesse imediato na região. Na verdade, foram os portugueses, franceses
e holandeses que passaram a disputar a região, a partir do século XVII. Em
1616, com a fundação do Forte do Presépio, origem da cidade de Belém, uma expedição
luso-espanhola, comandada por Francisco Caldeira Castelo Branco, firmou posição
na foz Amazonas. Em 1637, ainda no período da União Ibérica, uma expedição
comandada por Pedro Teixeira percorreu toda a extensão do rio, fazendo um
mapeamento detalhado da região. No final do século, a presença portuguesa tinha
se consolidado em quase todo o vale amazônico. O esforço de Portugal para
garantir o domínio da região contou basicamente, com dois suportes: as missões
fundadas pelos jesuítas e a instalação de fortificações militares.
Os fortes construídos pelos portugueses, em
determinados pontos da bacia amazônica, foram fundamentais para garantir sua
posição e fazer diminuírem a presença e as incursões feitas pelos franceses e
holandeses. As missões criadas pelos jesuítas, para o aldeamento e a catequese
dos índios, permitiram, por sua vez, a exploração econômica das “drogas do
sertão”, isto é, especiarias, condimentos, castanhas, resinas, ervas
medicinais, drogas e essências aromáticas, que eram exportados para a Europa e
rendiam bom lucro. Somente os índios, conhecedores da floresta, poderiam
realizar tal tarefa e, além disso, não era possível escravizá-los nesse tipo de
trabalho, que só podia ser feito, portanto, pelo convencimento. Os jesuítas
fundaram as missões em diversos pontos do vale amazônico. Instalaram missões,
também, nos territórios do Mato Grosso, no Paraná e no Rio Grande do Sul.
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