A Balaiada foi uma revolta muito
característica das rebeliões que marcaram o Período Regencial. A divisão
política da classe dominante e sua oposição ao poder central abriram caminho
para o levante das camadas populares que fugiram do controle da aristocracia
rural e dos comerciantes. Na medida em que o movimento popular ultrapassou os
limites que interessavam à elite e deixou de ser um mero instrumento na sua
luta pela autonomia provincial, a classe dominante regional abandonou os
revoltosos e enfraqueceu o movimento. A revolta acabou sendo controlada por
Luís Alves de Lima e Silva. Ao vencer os balaios na cidade de Caxias, ele
recebeu seu primeiro título de nobreza, barão de Caxias.
Na época da revolta, o Maranhão vivia uma
crise econômica e quase metade da população, cerca de 200.000 pessoas, eram
escravos. Grande parcela do povo era formada por sertanejos miseráveis, além de
artesãos pobres. A classe dominante era composta por grandes proprietários
rurais e por comerciantes ricos. Juntamente com o pequeno segmento de classe
média, a elite estava dividida em dois partidos: os bem-te-vis (liberais) e os
cabanos (conservadores). Tal como ocorria no resto do país, os liberais
reivindicavam mais autonomia para a província. No Maranhão, ainda era forte a
presença dos portugueses, tanto no comércio como no exército e nos cargos da
administração publica, o que também desagrava os maranhenses. A revolta popular
foi liderada por Manuel Balaio, que era seguido pelos artesãos pobres como ele.
Aos balaios juntaram-se vaqueiros, comandados por Raimundo Gomes, o Cara Preta,
e milhares de escravos fugidos, que seguiam o negro Cosme.
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