Para
romper o monopólio italiano e muçulmano do comércio no Mar Mediterrâneo era
necessário abrir uma nova rota para o Oriente navegando pelo Atlântico. Além
disso, outros fatores estruturais impulsionaram a expansão marítima européia. Ao
longo do século XV, uma crise de expansão passou a sufocar o crescimento do
comércio. A escassez de ouro e prata, causada pelo esgotamento das jazidas e
pelas importações do Oriente, ameaçava paralisar as atividades mercantis. A
necessidade de encontrar novas fontes de metais preciosos e de abrir novos
mercados levou os europeus a se lançarem ao mar.
Cada
segmento da sociedade portuguesa via a expansão de acordo com suas
expectativas. Se para a burguesia significava um empreendimento comercial, para
a nobreza e para a Igreja ela representava uma continuação das cruzadas para
conquistar novas almas. Para as camadas pobres significava oportunidade de
trabalho e, quem sabe, fortuna. Portugal
era, no século XV, a vanguarda da expansão marítima, comercial e colonial
européia dos tempos modernos. Entre os fatores que favoreceram o pioneirismo
português na era das Grandes Navegações, podemos citar:
Centralização
política precoce – Portugal tornou-se a primeira monarquia
centralizada que se consolidou na Europa, ainda no século XIV, com a ascensão
ao trono de Dom João I, mestre de Avis.
Posição
geográfica favorável – Estrategicamente localizados no
Atlântico, os portos lusitanos cedo se tornaram importantes entrepostos
comercias das rotas que ligavam o Mar Mediterrâneo com o Mar do Norte e o
Báltico.
Experiência
na navegação – Os portugueses já tinham acumulado bastante
conhecimento na navegação, e existiam muitos marinheiros experientes. Além
disso, a pesca sempre foi importante na vida da população.
Herança
cultural dos árabes – Os árabes introduziram técnicas e
conhecimentos na Península Ibérica que foram importantes para permitir
navegação em alto mar como a bússola, o astrolábio, etc.
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