Com a retirada do Japão, no final da II Guerra Mundial, a Coréia foi ocupada pelos soviéticos ao norte, e pelos norte-americanos ao sul, que estabeleceram o paralelo 38 como limite entre as duas zonas de ocupação. Em 1948, essa divisão se cristalizou com a formação da República Democrática Popular da Coréia, sob influência comunista e governada por Kim Il Sung e a República da Coréia, governada por Syngman Rhee sob influência capitalista.
Em junho de 1950, entusiasmados com o triunfo dos comunistas na China, o exército popular da Coréia do Norte deu início a uma grande ofensiva que ocupou Seul e continuou avançando até sitiar as forças americanas no sul da península. Numa manobra diplomática, os EUA conseguiram que a ONU aprovasse sua intervenção no conflito. Com o desembarque de grande quantidade de tropas e material bélico a contra-ofensiva americana logo cruzou o paralelo 38 e invadiu o território da Coréia do Norte, levando o governo chinês a intervir para deter o avanço americano. Com um sacrifício de centenas de milhares de soldados, os comunistas retomam a ofensiva e forçam o recuo das tropas americanas. Em abril de 1951, no auge do conflito, Washington destituiu do comando das forças da ONU o General Douglas McArthur que, próximo da insubordinação, defendia o enfrentamento direto e o uso da bomba atômica contra os chineses.
Depois de avanços e recuos, a frente de batalha estabilizou-se, em 1952, próxima das fronteiras originais que tinham sido estabelecidas pelo paralelo 38. Uma longa negociação culminou com o acerto de uma trégua em julho de 1953. As duas Coréias, porém, nunca chegaram a assinar um tratado de paz definitivo e, periodicamente, travaram escaramuças na fronteira ou em águas territoriais entre os dois países. O primeiro grande conflito “periférico” da Guerra Fria deixou um saldo de cerca de três milhões de mortos.
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